quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Até eu Morrer, Até Depois que eu Morrer

Falar de Ti
https://www.youtube.com/watch?v=InmDyR6N8Kg


Mesmo com todos os percalços, mesmo com todas as idiotices que nos levavam a nos chatear-mos, tenho a certeza meu amor que a nossa amizade de todos aqueles anos foi quase perfeita! 
No meu colo, eu sempre protegi meus amigos do frio, dos medos, das dores, do mundo....mas eu nunca havia deitado em nenhum colo. Nunca tinha deixado que alguém me protegesse porque para deixar que alguém nos proteja, primeiro nós temos de baixar a muralha. 
Pareceu até fácil não é? Mas não foi...eu tive muito medo, tremi muito...e acho que lá no fundo, eu sabia que tu me magoarias...de algum jeito eu sabia! 
Tu derreteste meu gelo. Meu icebergue quebrou e afundou-se bem no fundo do oceano. E de repente eu te olhava e sabia firmemente que tu eras quem eu mais queria e tinha de proteger. Peço perdão se não mostrei o tanto que eu me preocupava contigo, se acabei te magoando com as pessoas que tive na minha vida e em algum momento te deixei para segundo plano. Peço perdão se não vi...se não compreendi que era mais que amizade o que tu sentias por mim. Peço perdão por não ter reparado no amor que eu já sentia por ti e me enganava beijando outras pessoas. 

Mas todos os encontrões que a vida nos deu, todas as pedras que as pessoas tentaram colocar entre nós, não foram suficientes para evitar nosso amor. E como poderia ter sido diferente?

Eu lembro como nenhum sorriso me cativava tanto quanto o teu. Como eu amava te fazer rir e ficar envergonhada quando eu te mimava. Como eu adorava ver como tu eras comigo e com mais ninguém. Como tu te transformavas e me transformavas. 
As saudades que eu sentia quando estava longe de ti, como todos os meus segundos tinham de ser dedicados a ti. 
Durante 6 anos, meus dias eram os teus dias...meus minutos foram só teus. Minhas melhores palavras foram dirigidas a ti. 
Durante 6 anos, eu acordava e adormecia a falar contigo. 
Durante 6 anos eu te amei como uma irmã...a irmã que eu não tive. 
Durante 6 anos eu te amei como uma irmã sem ver que já te amava com vontade de te querer como o amor da minha vida!
Quem pode se orgulhar de ter uma história assim meu amor? Uma amizade assim? Uma amizade tão grande que virou amor?


Até Eu Morrer, Até Depois que eu Morrer

 Afinal o Diabo também Ama 


Eu escrevi milhões de vezes para ti. Algumas cartas eu te dei para que ao leres sentisses o que eu sentia ao escrevê-las. Algumas, sei que tu encontraste nos meus rascunhos pessoais. Outras eu destruí antes que alguém as pudesse ler, sem que tu nunca soubesses o que continham minhas frases. Algumas cartas foram perfeitas declarações de amor, algumas...infelizmente foram cartas de dor, de desilusões que eu não conseguia suportar em silêncio. Algumas cartas foram despedidas e tentativas de te esquecer...que absurdo, tentar esquecer alguém escrevendo sobre ela! Mas em todas elas, absolutamente todas, eu te confessava meu amor por ti! Mesmo naquelas em que eu estava tão irritada contigo que te jurava odiar...minha confissão de amor estava lá, não sei se soubeste lê-la, não sei se não quiseste vê-la e nem sei se eu própria tentei escondê-la o suficiente...

Tantas vezes te escrevi...e agora penso que seja o momento para falar de nós! "Falar de ti" como aquela música que tanto me lembra de ti e guardar para nós a nossa história!

Nós, os humanos, tendemos a tecer teorias sobre coisas e pessoas. Tendemos a jurar conhecermos tudo de nós. E eu era assim também e eu me enganei!

Eu era a típica menina da cidade que brincava ao jogo das paixões rápidas e vazias sem nunca colocar o coração no tabuleiro. Nunca ninguém havia magoado meu coração antes de ti, eu nunca tinha gostado de ninguém antes de ti e antes de ti...eu jurava a pés juntos que eu nunca me apaixonaria.

Apesar de tudo, eu sabia que o amor existia e eu odiava-o. E porquê? Porque eu cresci observando os desastres que grandes amores causam, as almas que corroem e as marcas que nenhum tempo pode apagar. 
Eu fui testemunha de um amor eterno entre o Diabo e um Anjo  e eu vi o inferno engolir o paraíso e sempre que eu olhava para a minha mãe eu lembrava que eu era filha dela, filha do Diabo...e o seu sangue corre nas minhas veias. Tudo o que eu sabia era que eu não podia me quebrar como ela se quebrou, eu não podia destruir ninguém como ela destruiu, eu não queria queimar mais nenhum paraíso nem acabar em cinzas como ela acabou! 

Mas quem escolhe o que ocupa os lugares nos nossos sonhos? Quem pode evitar sentir o que não pede autorização para entrar no coração?  
Eu tentei...juro que eu tentei verdadeiramente não te amar desse jeito louco que eu te amo. Mas parece que afinal, o Diabo também ama.