Eu queria ficar contigo...
Disse-to milhões de vezes e voltaria a dizer porque quando tens certezas, as palavras não falham, não encravam, não se recusam...
E eu errei sim, muitas vezes...tu erraste outras tantas e se pensares bem nesses teus segredos que eu não conheço, talvez tenhas errado bem mais que eu. Mas eu peço desculpa pela forma como eu fui contigo, pelas palavras que eu te disse, por te magoar. E tudo o que eu te posso dizer é tudo o que tu já sabes, que eu faria absolutamente tudo por ti.
Não falta amor, não da minha parte e acredito que da tua também não. Mas falta perseverança, coragem e maturidade. Tu não acreditas naquilo que tens nas mãos, e quando acreditas é como se não fosse suficiente.
Sempre acreditei que grandes amores não foram feitos para terem finais felizes e talvez eu estivesse certa, porque tu não consegues viver do jeito que o nosso amor precisa que tu vivas. Tu não consegues aceitar aquilo que os outros não aceitam..
Tenho saudades de nós, das coisas que tu nem lembras, de tudo aquilo que desapareceu de ti. E não há nada que me magoe mais...
Tu disseste que cuidarias de mim para sempre...talvez esteja na hora de eu crescer e cuidar de mim própria porque eu sei que não estarás aqui amanhã.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
What if ___Safetysuit
"E se eu te deixar triste comigo?
E se eu te fizer rir agora mas depois você chorar até adormecer?
E se isso te deixar sem fôlego, e você mal conseguir respirar?
E se o último som for o melhor som?
E se o que eu quero te deixa triste comigo?
E se a culpa for toda minha, eu posso por favor consertar as coisas?
Porque você sabe que sempre serei tudo pra você
Porque você sabe que sempre serei tudo pra você
E se isso fizer você perder a fé em mim?
e se isso fizer você se questionar sobre cada momento que não viu?
E se isso fizer você desmoronar, e você não poder achar a chave?
E se isso fizer você se questionar como deixou isso tudo passar?
E se o que eu quero te deixa triste comigo?
E se a culpa for toda minha, eu posso por favor consertar as coisas?
Porque você sabe que sempre serei tudo pra você
Porque você sabe que sempre serei tudo pra você
E se essa for nossa última conversa?
Se for a última vez que conversamos por um tempo
Não perca a esperança e não a deixe ir
Porque você deveria saber
Se isso te deixa triste,
Se isso te deixa triste comigo,
Então a culpa é toda minha, eu posso por favor consertar as coisas?
Porque você sabe que sempre serei tudo pra você
Porque você sabe que sempre serei tudo pra você
E se o que eu quero te deixa triste comigo?
E se a culpa for toda minha... então me deixe consertar as coisas por favor
Porque você sabe que sempre serei tudo pra você
Porque você sabe que sempre serei tudo pra você"
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Já viveste no inferno? Já sentiste vontade de morrer mesmo tudo em ti já ter falecido?
Eu já...
Durante 3 meses!
Fábulas descrevem o inferno como esse lugar tenebroso, de chamas que te queimam a alma e provocam dores no corpo inimagináveis. Um lugar assolado de demónios, pesadelos e medos desconhecidos. E queres saber? É tudo verdade!
Quando cheguei à clínica, não poderia nunca adivinhar como seria. Já tinha ouvido pequenos relatos, já tinha até visto trechos em filmes mas nada se mostrou como a realidade foi. E cada minuto naquele relógio barulhento no meu quarto silencioso, desvendou-me uma das mais terríveis agonias!
Meu corpo se incendiou de dores e minha alma afundou-se no local mais negro onde o ser humano consegue chegar.
Quando não me davam os sedativos suficientes, não dormia e conseguia ouvir cada palpitar gritante nas minhas veias. Vomitei dezenas de vezes até quase vomitar meu próprio estômago. Meu rosto no espelho era como gesso seco e meus olhos assemelhavam-se aos de um condenado a morrer. Estava gelada e excessivamente quente tão rápido que não conseguia entender o que se passava dentro do meu corpo, enchi-me nódoas negras ao bater em mim mesma e ao lançar-me contra as paredes daquele quarto. Arranquei alguns cabelos e cortei a pele com minhas unhas...até que tudo passou! É, alguns dias mais tarde o teu corpo desiste! E então tu deixas que te levem para onde quiserem, que te injectem todo o tipo de medicamentos, que te deitem quando pretendem, que se sentem onde acham que te deves sentar. Depois levam-te para a sala do psiquiatra e ele fala, fala, fala...mas tu não ouves uma única palavra porque os químicos abrandam-te o cérebro.
Às vezes ele ficava em silêncio, à espera de uma resposta minha, mas ainda era muito cedo para eu conseguir emitir um som!
Foi assim mãe, foi assim e muito pior! Consegues calcular a dor física de uma espada atravessar-te o estômago? Agora multiplica por 100 espadas no teu corpo ao mesmo tempo, a trespassarem-te como se fosses uma folha de papel. Desesperante, sim. Mas a verdade, é que o corpo deixa de doer eventualmente...E recupera o que a alma jamais tem de volta. Que eles curam o teu corpo mas não curam a tua alma.
Encontrei, no entanto, sobras da droga andantes que queriam curar-se e que lutavam com tudo o que tinham para o conseguirem. Por eles, pedirei às estrelas todas as noites...para que elas lhes dêem paz naqueles corações, força e coragem, que eu torço para a vitória de cada um deles. Mas não desejo a mesma vitória para mim e quando eu ia a sair, li no rosto de cada enfermeiro, médico, funcionário e psiquiatra, a derrota que eles sabem que estará para breve. Eles sabem, eu sei e tu sabes...Porque tu nunca poderás salvar uma estrela que perdeu asas brancas!
Eu já...
Durante 3 meses!
Fábulas descrevem o inferno como esse lugar tenebroso, de chamas que te queimam a alma e provocam dores no corpo inimagináveis. Um lugar assolado de demónios, pesadelos e medos desconhecidos. E queres saber? É tudo verdade!
Quando cheguei à clínica, não poderia nunca adivinhar como seria. Já tinha ouvido pequenos relatos, já tinha até visto trechos em filmes mas nada se mostrou como a realidade foi. E cada minuto naquele relógio barulhento no meu quarto silencioso, desvendou-me uma das mais terríveis agonias!
Meu corpo se incendiou de dores e minha alma afundou-se no local mais negro onde o ser humano consegue chegar.
Quando não me davam os sedativos suficientes, não dormia e conseguia ouvir cada palpitar gritante nas minhas veias. Vomitei dezenas de vezes até quase vomitar meu próprio estômago. Meu rosto no espelho era como gesso seco e meus olhos assemelhavam-se aos de um condenado a morrer. Estava gelada e excessivamente quente tão rápido que não conseguia entender o que se passava dentro do meu corpo, enchi-me nódoas negras ao bater em mim mesma e ao lançar-me contra as paredes daquele quarto. Arranquei alguns cabelos e cortei a pele com minhas unhas...até que tudo passou! É, alguns dias mais tarde o teu corpo desiste! E então tu deixas que te levem para onde quiserem, que te injectem todo o tipo de medicamentos, que te deitem quando pretendem, que se sentem onde acham que te deves sentar. Depois levam-te para a sala do psiquiatra e ele fala, fala, fala...mas tu não ouves uma única palavra porque os químicos abrandam-te o cérebro.
Às vezes ele ficava em silêncio, à espera de uma resposta minha, mas ainda era muito cedo para eu conseguir emitir um som!
Foi assim mãe, foi assim e muito pior! Consegues calcular a dor física de uma espada atravessar-te o estômago? Agora multiplica por 100 espadas no teu corpo ao mesmo tempo, a trespassarem-te como se fosses uma folha de papel. Desesperante, sim. Mas a verdade, é que o corpo deixa de doer eventualmente...E recupera o que a alma jamais tem de volta. Que eles curam o teu corpo mas não curam a tua alma.
Encontrei, no entanto, sobras da droga andantes que queriam curar-se e que lutavam com tudo o que tinham para o conseguirem. Por eles, pedirei às estrelas todas as noites...para que elas lhes dêem paz naqueles corações, força e coragem, que eu torço para a vitória de cada um deles. Mas não desejo a mesma vitória para mim e quando eu ia a sair, li no rosto de cada enfermeiro, médico, funcionário e psiquiatra, a derrota que eles sabem que estará para breve. Eles sabem, eu sei e tu sabes...Porque tu nunca poderás salvar uma estrela que perdeu asas brancas!
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Parabéns, Mãe
É...estou a 2 dias de fazer anos mãe! Sem qualquer dúvida a data que eu mais odeio no ano...o maldito dia que terei de lembrar para o resto da vida e fingir que tudo está bem, que não me odeio, que estou grata por estar viva, que não sou mentalmente doente!
E todos os anos, a melodia se repete quando eu me levanto e coloco um enorme sorriso no rosto, capricho na maquilhagem, me visto e arranjo o cabelo só para depois de todos estes anos ainda tentar "dizer-te" que eu sou linda e me amo.
Todos os anos, eu me lembro de como tu me davas o cartão multibanco e me dizias para comprar o que eu quisesse...Nunca soubeste, mas precisamente nesse dia, nunca comprei nada porque nenhum dinheiro do mundo poderia me dar o que eu procurava. Nunca o soubeste porque nunca me perguntaste no final do dia o que eu tinha comprado, nunca me perguntaste por onde tinha andado nem com quem, o que tinha feito ou se me tinha divertido...
E lembrarei para sempre como o dia do meu aniversário, era para ti a trágica memória do meu nascimento, como os teus olhos vazios pairavam sobre as fotos da sala onde me olhavas e nada de bom, de positivo, de carinhoso brilhava. Portanto, por tudo isto, Parabéns mãe, Porque és tu quem os merece.
Parabéns por teres permitido que eu nascesse mesmo contra a tua vontade, a MINHA vontade silenciosa! E por teres transformado cada dia da minha vida num inferno quase tão ardente como o teu.
Parabéns por teres tornado a minha respiração quase impossível de me manter viva. E inesperadamente, teres transformado "o flash mais brilhante" da câmara do pai numa Rainha Branca de Neve que ele não conseguiu olhar.
Parabéns por me teres empurrado para um poço de insegurança e ódios, presa e atada numa dor que fica funda e escura mas não desaparece.
Parabéns por teres sido esse pedaço de nada e por não mereceres um toque, nem uma palavra de compaixão daquela que cresceu dentro de ti.
Parabéns por toda essa perfeição que eu invejo e odeio, que tu própria odiavas e não vias, por nada mais que um exterior que não correspondia ao interior.
Parabéns por tudo o que fizeste e não fizeste, disseste e não disseste, escondeste, mostraste, revelaste, contaste, segredaste...parabéns mãe, porque eu não os mereço... Pois continuo a vagar por todos esses lugares que foram meus em tempos, e sinto uma saudade tão grande de mim que dói como se me arrancassem a própria pele dos meus ossos.
Todas as músicas que canto em voz alta, elas contam um excerto de uma história indizível. Tudo o que me ensinaste me fez apenas destruir cada pedaço do meu corpo e tudo o que pensavas de mim, eu também penso!
Todos estes anos depois eu ainda paro para pensar se realmente venci a nossa batalha, porque tu quebraste-te em cinzas mas eu perdi-me num tempo e num espaço de onde ainda não encontrei o caminho de volta a casa.
E agora, prestes a completar 20 anos, eu lamento somente a velocidade a que o tempo corre e me deixa para trás. Tudo o que eu ainda tenho para te provar e provar a mim mesma, e a fatídica idade em que tu roubaste o primeira pedra de equilíbrio da tua vida. E Eu PRECISO ser MELHOR!
Embora o relógio tenha mudado...tudo ainda continua igual!
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Muito longe de onde eu posso chegar, tu lembras-me constantemente do que eu posso ou não ser. Como se eu precisasse de ser relembrada...como se eu não o soubesse cada vez que observo meu reflexo no espelho.
Mas...Eu não acredito no destino mãe! Eu não acredito que a vida está traçada, que as coisas acontecem porque tinham de acontecer, eu recuso-me a acreditar nisso...Porque eu sou a condutora do meu próprio caminho e se tudo der errado, eu volto, retorno, reescrevo, ou simplesmente desisto, mas tudo, absolutamente TUDO será ditado por mim. E eu me sinto bem assim...
Eu estou bem assim mesmo, como se com o tempo as coisas tivessem perdido o valor frenético que eu costumava lhes dar...como se de repente as coisas pelas quais eu chorei tantas vezes ou lamentei um milhão de vezes, se tivessem implantado nesses muros indestrutiveis que eu construí ao meu redor.
E é assim que tu pegas nas farpas mais dolorosas do teu coração e as tornas nas tuas melhores armas. Não percebo como nunca o fizeste, como te deixaste chegar tão ao fundo, tão incrivelmente fraca. E eu não tenho pena nem tão pouco carinho...A fraqueza e a fragilidade enojam-me. As pessoas não são feitas de cristal, de algodão ou de seda e se alguém é capaz de destruir então está nas nossas mãos reconstruir. Mas eu não posso dar-te essas lições de vida porque eu ainda sou essa criança que tu dizes que eu sou...mas logo logo eu terei crescido e então eu terei razão!
2006 * Mais do que palavras doces,
Lembranças das suas melhores intenções*
Mas...Eu não acredito no destino mãe! Eu não acredito que a vida está traçada, que as coisas acontecem porque tinham de acontecer, eu recuso-me a acreditar nisso...Porque eu sou a condutora do meu próprio caminho e se tudo der errado, eu volto, retorno, reescrevo, ou simplesmente desisto, mas tudo, absolutamente TUDO será ditado por mim. E eu me sinto bem assim...
Eu estou bem assim mesmo, como se com o tempo as coisas tivessem perdido o valor frenético que eu costumava lhes dar...como se de repente as coisas pelas quais eu chorei tantas vezes ou lamentei um milhão de vezes, se tivessem implantado nesses muros indestrutiveis que eu construí ao meu redor.
E é assim que tu pegas nas farpas mais dolorosas do teu coração e as tornas nas tuas melhores armas. Não percebo como nunca o fizeste, como te deixaste chegar tão ao fundo, tão incrivelmente fraca. E eu não tenho pena nem tão pouco carinho...A fraqueza e a fragilidade enojam-me. As pessoas não são feitas de cristal, de algodão ou de seda e se alguém é capaz de destruir então está nas nossas mãos reconstruir. Mas eu não posso dar-te essas lições de vida porque eu ainda sou essa criança que tu dizes que eu sou...mas logo logo eu terei crescido e então eu terei razão!
2006 * Mais do que palavras doces,
Lembranças das suas melhores intenções*
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