Muito longe de onde eu posso chegar, tu lembras-me constantemente do que eu posso ou não ser. Como se eu precisasse de ser relembrada...como se eu não o soubesse cada vez que observo meu reflexo no espelho.
Mas...Eu não acredito no destino mãe! Eu não acredito que a vida está traçada, que as coisas acontecem porque tinham de acontecer, eu recuso-me a acreditar nisso...Porque eu sou a condutora do meu próprio caminho e se tudo der errado, eu volto, retorno, reescrevo, ou simplesmente desisto, mas tudo, absolutamente TUDO será ditado por mim. E eu me sinto bem assim...
Eu estou bem assim mesmo, como se com o tempo as coisas tivessem perdido o valor frenético que eu costumava lhes dar...como se de repente as coisas pelas quais eu chorei tantas vezes ou lamentei um milhão de vezes, se tivessem implantado nesses muros indestrutiveis que eu construí ao meu redor.
E é assim que tu pegas nas farpas mais dolorosas do teu coração e as tornas nas tuas melhores armas. Não percebo como nunca o fizeste, como te deixaste chegar tão ao fundo, tão incrivelmente fraca. E eu não tenho pena nem tão pouco carinho...A fraqueza e a fragilidade enojam-me. As pessoas não são feitas de cristal, de algodão ou de seda e se alguém é capaz de destruir então está nas nossas mãos reconstruir. Mas eu não posso dar-te essas lições de vida porque eu ainda sou essa criança que tu dizes que eu sou...mas logo logo eu terei crescido e então eu terei razão!
2006 * Mais do que palavras doces,
Lembranças das suas melhores intenções*
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