O mundo ruiu tantas vezes, o vento gelou-me o rosto todas as noites de inverno, as cores de cabelo variaram consoante meus estados de espírito, a mesa de vidro da sala quebrou-se quantas vezes eu discuti com a mãe e até as estrelas perderam o brilho uma ou duas vezes...mas eu nunca senti tantas saudades de mim como agora. Nem é bem saudade sabes? É aquele friozinho de não te encontrares mais quando olhas ao espelho, de não saberes se queres ir ou ficar, se queres agarrar teus novos "eu's" ou regressar ao passado.
Alguma coisa demasiado grande cresce em mim e não é amor, oh antes fosse! É como se um iceberg regressasse ao oceano que abandonou num verão escaldante. É como se nada tivesse mais brilho para os meus olhos. E nem as palavras soam como antes. Para mim "amo-te" não significa quase nada agora, invejas ou insultos não mexem nem um pouco comigo. Os amanheceres não têm beleza e as noites são-me indiferentes. Borboletas, não as procuro mais. Fotografias não me transmitem nada. E sei que de um jeito ou de outro, se eu voltasse aos meus erros, estaria no auge. Até la, com saudades de mim!
segunda-feira, 24 de junho de 2013
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Nem sei sobre o que escrever. As coisas mudaram e nem sequer mudaram tanto assim. Confuso não é?
Tu ficas aí tão calma e tão bem que dói mais do tudo o resto. Onde está o amor nisso?
E eu que achava ser forte!
Até quando eu vou sofrer por ti? Eu pensei que ias cumprir as promessas desta vez, mas tu mentes pelo simples prazer de o fazer.
E quando vais embora é como se eu ficasse sem nada, sem norte, sem paz...e tu com tanta paz! Como te invejo...
Tu ficas aí tão calma e tão bem que dói mais do tudo o resto. Onde está o amor nisso?
E eu que achava ser forte!
Até quando eu vou sofrer por ti? Eu pensei que ias cumprir as promessas desta vez, mas tu mentes pelo simples prazer de o fazer.
E quando vais embora é como se eu ficasse sem nada, sem norte, sem paz...e tu com tanta paz! Como te invejo...
domingo, 2 de junho de 2013
Quase a anoitecer, acordo eu...calma e pronta para mais uma noite.
A Rua está quase deserta, mas adivinho o caos no meio da cidade na hora de ponta. Como é bom morarmos aqui...num cantinho bem perto da agitação que eu amo mas longe dela o suficiente para me sentir viva num belo deserto.
Que estranha maneira de começar a escrever no diário hoje. Que estranha maneira de dizer que amo o lugar onde habitamos. Cidade tão cheia de fumo, desse fumo que eu tanto gosto. Tão cheia de verdades, de segredos e paisagens que contam histórias. Tão recheada de ruas que me conhecem e pessoas que me desconhecem...tão cheia de mim, de nós...de vidas!
Não me imagino noutro lugar...Já viajamos por tantos lugares mas nenhum tem este brilho sombrio. Mas bem, hoje dói-me profundamente a cabeça, como se alguém lhe tivesse acertado com um taco de basebol e a deixasse a sangrar por horas a fio. Ressaca é a pior de todas as palavras do dicionário.
Ontem eu, a Mitra e a Duda corremos tudo à procura do vestido que vou usar na tua ridícula festa de aniversário. Foi tão difícil encontrar um que me servisse...todas as donas das lojas vinham com a mesma treta de conversa : "A menina está tão magra, não temos nenhum número abaixo desse", o que elas diriam se te vissem?! Ainda bem que o teu vestido vai ser feito à medida...esperemos que não emagreças mais até ao dia do aniversário.
Lá encontrei o quase perfeito, bem elegante como tu gostas. Vês? Fazendo tudo certinho para que tu vivas o teu momento sossegada. Certa de que estarás lindíssima nessa noite, como sempre!
(2007)
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