O mundo ruiu tantas vezes, o vento gelou-me o rosto todas as noites de inverno, as cores de cabelo variaram consoante meus estados de espírito, a mesa de vidro da sala quebrou-se quantas vezes eu discuti com a mãe e até as estrelas perderam o brilho uma ou duas vezes...mas eu nunca senti tantas saudades de mim como agora. Nem é bem saudade sabes? É aquele friozinho de não te encontrares mais quando olhas ao espelho, de não saberes se queres ir ou ficar, se queres agarrar teus novos "eu's" ou regressar ao passado.
Alguma coisa demasiado grande cresce em mim e não é amor, oh antes fosse! É como se um iceberg regressasse ao oceano que abandonou num verão escaldante. É como se nada tivesse mais brilho para os meus olhos. E nem as palavras soam como antes. Para mim "amo-te" não significa quase nada agora, invejas ou insultos não mexem nem um pouco comigo. Os amanheceres não têm beleza e as noites são-me indiferentes. Borboletas, não as procuro mais. Fotografias não me transmitem nada. E sei que de um jeito ou de outro, se eu voltasse aos meus erros, estaria no auge. Até la, com saudades de mim!
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