quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Passou tanto tempo e tu continuas bem aqui dentro...de onde nunca saíste!
Este, ao contrário de tantos outros textos, não é um texto sobre nós e muito menos sobre ti...
Acho que é sobre por onde a minha vida anda, por onde ela vai eventualmente...
Não era para ser assim, deste jeito descabelado de agir. Passos tão incertos e envoltos de fuga que me tremem as acções sempre que penso no como será o futuro.
Em tempos, era por ti...hoje é por mim! Que irónico não é? Largar tudo simplesmente por mim...
Acho que não há nada para mim aqui, nem em lugar nenhum do mundo, mas eu preciso ir. Ver novos rostos, recordar estradas por onde caminhei bem antes de te conhecer, habitar na cidade que me viu renascer das cinzas e esperar que faça o mesmo comigo desta vez. Mas na verdade, desta vez é tudo diferente...
Não acho que nem o mar tenha mais forças para me reconstruir. Então talvez sim, talvez eu queira fugir, talvez queira somente acabar no lugar onde nasci...porque eu não quero, não posso morrer longe de casa!
Não penses que não vou lutar...vou! Porque mereço isso, porque mereces isso, porque sei que quando me vês reerguida é quando mais te arrependes do que fizeste. Somente, percebi que um dia tudo vai acabar sabes?
Essa força toda que hoje são quase restos de nada, este rosto jovem que vai envelhecendo, as memórias tão recentes que lentamente vão ganhando pó...tudo isso, lamentavelmente, vai terminar em breve. E com elas, termino eu também. Porque afinal o que se torna um corpo vazio de nada?
É...agora eu entendo pessoas que julguei no passado.
Que o frio que se aproxima me traga o conforto que o verão me roubou, que as melodias dos pianos me aconcheguem o coração que está doente...que a cabeça pare um pouco de amar brisas eternas e se apaixone pelas estrelas novamente!


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