As palavras não fluiam mais ultimamente. Pensei até por momentos que tinha esquecido de como era pegar papel e caneta e desenfrear-me em devaneios perdidos. As palavras voltaram e então entendi que apenas estava feliz, muito feliz para poder escrever sobre dramas do passado.
Hoje escrevo sobre dramas do presente e como eu lamento retornar aos desabafos dolorosos.
Foste embora com um sorriso estranho, me mentindo sobre certezas que eu quase tinha, escondendo farpas atrás das costas para mais tarde, do lado de lá da porta me as lançares. E acertaste direitinhas nos lugares que dói...sempre foste tão ágil em me atingir, tão eficaz em derrubar-me. De certa forma entendo que é bem assim que tu gostas de me ver, rastejando no chão, pisada pelos teus pés quando tento erguer-me, adormecida em poças de sangue, afogada em lágrimas que clamam teu nome. É mesmo desse jeito que tu gostas de me olhar, é aí que tu sentes que te amo. Cada lágrima minha enaltece tua auto-estima! E então dizes que me amas mas querida, amor é quando não abandonamos a pessoa que amamos sozinha para a destruir de longe. Amamos quando limpamos as lágrimas do outro 500x mesmo que ela não limpe as nossas. Amamos quando não culpamos o outro pelas falhas do nosso coração...
Lamento que apenas necessites de alguém que te faça sentir a melhor, que te beije e toque o tempo todo, que utilize teu corpo como uma boneca de plástico...lamento que seja exatamente isso que tu desejes. Pois tu não procuras amor...procuras sei lá, tudo o que tiveste toda a tua vida! Tenho pena de ti...por não veres beleza nos olhares disfarçados, nas palavras que se guardam no silêncio, nos sonos em que dormimos agarradas, nas cabeças encostadas nos ombros...lamento verdadeiramente!
És livre de ir...apenas não me ataques, porque talvez eu caía mas retornarei mais forte que tu e eu não perco agora. Não me acuses de coisas que não são verdadeiras nem tão pouco justificáveis.
Tu...não sabes cuidar de mim, então aprendi a me cuidar sozinha pois sabia que um dia voltaria a ser assim...não importa se eu morresse agora afinal eu já estou morta para ti!
Lembra-te que eu não esqueço das tuas palavras e quando não te lembrares um dia, elas estarão bem aqui guardadas.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
A not Magic World
Você pode viver 1000 anos e ainda não conhecer o mundo. Você pode ter vivido em todas as nações e ainda não se encaixar em nenhuma. E é então que começa esse ódio miudinho dentro de si, quase como um vulcão afogado em água...quase como um grito mudo!
Você cresceu e não pode mais comportar-se como uma adolescente...
Eu ainda me lembro quando tu vinhas de longe cheio de lembranças e comidinhas estranhas que tu amavas experimentar...e de todas as coisas que carregavas, o que eu mais amava era sentar-me no almofadão do chão e te ouvir por horas a fio a contar todos os recantos, esquinas e pessoas que conheceste. Céus, como tu adoravas o mundo!
Às vezes eu gostava de vê-lo como tu vias. De amá-lo como tu amavas. De perdoar como só tu tinhas a capacidade de perdoar. E eu lamento pai...lamento vir aqui desmentir todas as ilusões que viveste mas o mundo não é tão mágico assim!
As pessoas vivem se odiando, se desprezando entre elas mesmas por detrás de sorrisos hipócritas. Já ninguém para para olhar as paisagens que tu tanto amavas e as guerras que tu fotografavas...pai, elas não são nada comparadas com as almas que as pessoas dentro delas mesmas. Pois se tu pudesses vê-las como eu as vejo, sucumbirias em lágrimas!
Mas tu sempre foste assim, capaz de ver o melhor das pessoas e nunca o pior...era assim quando tu a olhavas e não vias como ela era diabólica. Era assim quando tu me olhavas e ainda vias a tua menina e a tua menina estava morta nas tuas mãos pai...eu era só um corpo deambulando!
Não há pai, não existe nenhuma desculpa para a (des)humanidade, nao há..não existe nenhum perdão que eu posso encontrar...pois eu não sou e não tenho o teu coração.
Mas agradeço às estrelas todos os dias, por te terem levado para um lugar cheio de luz e paz...longe do mundo. Exactamente onde tu pertences...
Você cresceu e não pode mais comportar-se como uma adolescente...
Eu ainda me lembro quando tu vinhas de longe cheio de lembranças e comidinhas estranhas que tu amavas experimentar...e de todas as coisas que carregavas, o que eu mais amava era sentar-me no almofadão do chão e te ouvir por horas a fio a contar todos os recantos, esquinas e pessoas que conheceste. Céus, como tu adoravas o mundo!
Às vezes eu gostava de vê-lo como tu vias. De amá-lo como tu amavas. De perdoar como só tu tinhas a capacidade de perdoar. E eu lamento pai...lamento vir aqui desmentir todas as ilusões que viveste mas o mundo não é tão mágico assim!
As pessoas vivem se odiando, se desprezando entre elas mesmas por detrás de sorrisos hipócritas. Já ninguém para para olhar as paisagens que tu tanto amavas e as guerras que tu fotografavas...pai, elas não são nada comparadas com as almas que as pessoas dentro delas mesmas. Pois se tu pudesses vê-las como eu as vejo, sucumbirias em lágrimas!
Mas tu sempre foste assim, capaz de ver o melhor das pessoas e nunca o pior...era assim quando tu a olhavas e não vias como ela era diabólica. Era assim quando tu me olhavas e ainda vias a tua menina e a tua menina estava morta nas tuas mãos pai...eu era só um corpo deambulando!
Não há pai, não existe nenhuma desculpa para a (des)humanidade, nao há..não existe nenhum perdão que eu posso encontrar...pois eu não sou e não tenho o teu coração.
Mas agradeço às estrelas todos os dias, por te terem levado para um lugar cheio de luz e paz...longe do mundo. Exactamente onde tu pertences...
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