quarta-feira, 11 de julho de 2012

Até sempre...

Meu amor...hoje, decidi despedir-me de ti!
Demorou porque de alguma forma, eu queria acreditar que ainda estavas aqui. Tentava arduamente negar a mim mesma a realidade que os outros me diziam quando me abraçavam...a triste realidade de que o teu coração parou de bater!
Tentava ouvir-te numa voz que não era a tua, que saudades que eu tenho daquele tom que só tu tinhas...como quando chamavas por mim e parecia estares a chamar pelo teu mundo!
Tentava encontrar em algum toque, aquele toque...
Ocupei-me, ocupei-me o mais que pude para que o tempo não tivesse tempo de me falar. Ocupei-me para que ao fim do dia, o sono não fosse mais forte do que a minha vontade imensa de chorar. Ocupei-me para não ter tempo de me revoltar e lançar fogo sobre tudo...
Queria que tivesse sido diferente, queria tanto meu amor...queria ter-te dito tanto enquanto me ouvias, queria realmente que tivesse ouvido as coisas que tantas vezes me neguei a dizer e que sei que desejavas, na altura, tê-las ouvido. Queria ter-te dito o quanto te amei...louca e desesperadamente, ainda que em silêncio a maior parte do tempo. É por isso que eu não gosto do silêncio! Ele deixa tanta coisa por dizer, por fazer... Creio, no entanto, que hoje, ao lado do teu coração morto, disse tudo o que devia. Perdoa-me amor se disse coisas que não merecias ouvir...não eram para ti! Eram para quem te levou de mim.
Lembro-me de tudo sabes? Cada vez que fecho meus olhos lembro como te achava frágil, nos últimos tempos, já no fim de ti, tornaste-te tão forte, quase invencível, e eu tão frágil que acho que quebrei como uma taça de cristal!
Lembro das coisas inconfessáveis e dos sentimentos indizíveis que morreram contigo e morrerão comigo.
Lembrarei para sempre das frases que me marcaram e do colo que voou, da protecção e do amor principalmente. Esse amor!
Eu aguentei firme apesar de tudo. Enquanto o teu coração ia abrandando, eu continuei a lutar por ele. Como eu lutei...gostava que tivesses visto..irias orgulhar-te meu amor! Tu ias morrer, estavas a morrer, mas estavas ainda tão viva em mim.
As minhas lágrimas, meus gritos, meus pedidos, minha força, nada, nada te fez ficar...nada te agarrou a mim! Então perdoa-me meu amor...o mundo foi mais forte. Eles levaram-te e deixaram-me aqui doente, sozinha, indefesa...e quem te levou, me pisou mais e mais até me ver rendida. E eu rendi-me hoje.
Porque hoje, eu vi como estou doente, demasiado! Como me tornei lixo...como me deixei de amar, de me querer bem. Como perdi o interesse. É assim..É assim quando aquilo que amá-mos se perde em brisas geladas.
Eu não consegui trazer-te de volta meu amor...lamento! Estas, são as palavras que tu já não ouves, eu sei, mas que eu precisei falar. Eu sou mesmo assim, falo demais. Em tempos, gostavas de me ouvir tagarelar nos finais de tarde de verão. E ouvias atentamente...mas isso foi quando o teu coração ainda batia.
Obrigada, obrigada pela vida que me deste...pelo amor que eu sei que foi único. pela felicidade que senti enquanto te tive, pelo afortunado carinho com que me presenteaste, pela forma mágica que me tratavas, pela Rainha que fui de verdade, a teu lado! Obrigada por teres vivido em minha vida...
Mas agora, eu tenho de te deixar ir...Porque tu morreste meu amor, e eu morri contigo!

Até sempre!

7 comentários:

Marina Lopes disse...

Lindo *.*

essa imagem é que... NÃO :S

ema santos disse...

Gostaste?

a imagem é o melhor

Marina Lopes disse...

Gostei :)

Não sejas sádica! Isso é horrível...

ema santos disse...

que lindaaaa *.*

e nao

Marina Lopes disse...

tu é que és! :)

essas coisas não se fazem!!

ema santos disse...

Mentirosaaaa

fazem e sabem bem

Marina Lopes disse...

Ah isso é que não sou!


Tu és doida!