sábado, 27 de outubro de 2012









"Nós éramos jovens quando eu te vi pela primeira vez
Eu fecho meus olhos e começo a lembrar
Eu estava aqui na varanda, ao ar de verão

Eu vejo as luzes, vejo a festa, os convidados
Eu te vejo andando  no meio da multidão
Disseste "olá" e eu logo soube

Que eras Romeu, Tu estavas lançando pedras
E meu pai disse 'Fique longe de Julieta'
E eu estava chorando na escadaria,
Te implorando 'Não vás'

E eu disse

Romeu leva-me a algum lugar onde possamos ficar sozinhos
Eu estarei esperando, tudo que faremos é correr
Tu serás o príncipe e eu serei a princesa,
Esta é uma história de amor, querido, apenas diga sim

Então eu escapei pro jardim para te ver,
Nós ficamos quietos, pois estaríamos mortos se soubessem
Então fecha teus olhos,
Escapa um pouco dessa cidade

Porque tu eras Romeu e eu era uma menina má
E meu pai disse 'Fique longe de Julieta'
Mas tu eras tudo para mim
Eu estava te implorando 'Não vás'

Romeu salva-me, eles tentam me dizer como me sentir
Esse amor é difícil, mas é real
Não tenha medo, nós fugiremos dessa confusão
Essa é uma história de amor, querido, apenas diga sim

Eu cansei de esperar, questionando se tu algum dia voltarias
Minhas esperanças estavam se esgotando quando eu te encontrei nas redondezas da cidade

E eu disse

Romeu salva-me, eu tenho me sentido tão sozinha
Eu continuei esperando por ti, mas tu nunca voltaste
Isso está na minha cabeça? Eu não sei o que pensar
Ele se ajoelhou no chão e puxou um anel e disse...

Casa-te comigo Julieta, tu nunca terás de ficar sozinha
Eu te amo, e isso é tudo o que eu realmente sei
Eu falei com teu pai, vai pegar o vestido branco
Essa é uma história de amor
Querida, apenas diga sim

Porque nós éramos jovens quando eu te vi pela primeira vez."

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

"Se for...vou bem"

A conversa fluía normalmente...te olhei algumas vezes, te olhei quando escolheste outra dose. Eu sabia que era demais mas não falei, ninguém o fez. Alguns minutos e tu quebraste totalmente...tive medo, segurei as lágrimas e o desespero, corri para ti na tentativa de te salvar e foi quando ouvimos "Se for...vou bem"...O sorriso mais calmo que eu já vi, o mais calmo e mais terno. Teu rosto estava lindo, quase perfeito, não parecias sentir dor alguma, desconforto algum e no entanto todo o teu corpo se contorcia involuntariamente enquanto nossas mãos tentavam fazê-lo parar.
Histórias se repetiam, imagens que não se apagam da memória voltaram à velocidade da luz e então tu havias regressado ao mundo em nossos braços. Respirei tão profundamente que me deitei no chão a olhar as estrelas numa daquelas conversas misteriosas entre mim e elas!
Antes de te levarem, abracei-te e apenas te disse "nunca  te esqueças que tens um pacto de sangue comigo" ...tua voz baixa e arrastada respondeu com dificuldade "nunca, minha SnowWhiteQueen", largaste-me a mão e eu recusei-me a olhar para trás!
Temo por ti, pelo teu coração, pelas tuas veias frágeis...temo, é a verdade! Mas sei que não queres isso, que não queres ser salvo nem tão pouco que lamentem. Sei também que nem sempre os pactos de sangue são fortes os suficientes para se cumprirem por inteiro ou as pessoas são demasiado fracas para  os segurarem e eu perdoo meu irmão, eu perdoo! Porque eu jurei e eu cumprirei até ao fim dos meus dias, estejas onde estiveres! Os segredos, as juras e a lealdade em cima daquela mesa de sangue são nossos e morrerão apenas connosco. Onde estiveres, parte de mim está e vai contigo

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Nós quisemos dar uma chance...
Bem, eu quis...eu quis porque tinha sido amor,
Tu quiseste somente porque a tua consciência acordou.
Meu doce e amargo amor proibido que eu ousei provar e me apaixonei como se
não houvesse mais nada no mundo!
Vivi por muito tempo no paraíso, até as tuas mentiras se espalharem no caminho e a tua voz me tentar enganar a cada segundo.
Vivendo no meio de um furacão de atitudes absurdas e presa em correntes do meu próprio coração..as lágrimas que eu chorei quando tu só merecias meu desprezo!
Fora do mundo, eu estou muito cansada dos teus dramas. Eu estou sozinha sim, e eu estou bem!
Tu fizeste-me sentir tão longe de casa quando eu achava que a minha casa eram os teus braços.
Acabaste com toda a minha sanidade, deixei o certo do lado de fora da muralha e abri portas para o inimigo que me veio destruir...
Quando eu perdi o controle e caí sobre o chão, céus...eu desejei morrer! Eu não achei que pudesse viver sem ti,  pensei que não pudesse viver com a culpa de não ter feito com que desse certo, de não ter sido o melhor e mais perfeita para ti...cada corte em meu braço, cada gota de sangue, escreveram o mais puro do sentimento numa canção que parou enfim de tocar!
Eu estava tão doente e cansada de viver acreditando que tu tinhas coração, que eu desejava em cada palavra dura e insulto teu, que tu viesses e atravessasses uma lâmina afiada em meu corpo e me deixasses morrer nas tuas mãos! É, eu desejei tudo isso!
E é incrível como tudo muda...como de repente eu vejo luz e me dou conta que eu sou bonita, que eu não preciso de ti, que eu não sou só mais que suficiente para ti, como eu sou melhor...oh quanto melhor!
É fantástico quando finalmente nos soltamos de tudo o que nos destrói e entendemos que pudemos viver por nós mesma...
Eu aprendi a gatinhar até me reerguer sozinha e desta vez eu tenho orgulho em mim, porque eu não tenho de agradecer a ninguém pelo meu retorno!!!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

About nothing *

Páginas de histórias derretem no calor da lareira acesa...Corações feridos que amaram mais do que deviam, que se deram, que se entregaram como se não houvesse amanhã, que se perderam em ilusões e convicções que só o amor cria. O que tu fizeste com meu pobre coração?!? Porquê? Eu apenas me limitei a dar-te o que tu vieste pedir. Mas eu entendi, ohh como eu entendi...que eu era um troféu que nunca seria teu, um prémio que tu nunca terias em mãos para exibir, nada mais que um objecto caro para te vangloriares perante teus inimigos. E que jogo bom esse que tu jogaste. Que bem jogado, que me fez cair em armadilhas que nunca havia caído antes. Tão mais inteligente que tu mas tão mais frágil também. 
E toda esta história, não importa quantas vezes eu a queimar nem tão pouco tentar esquecer porque até ao fim dos meus dias, eu vou lamentar a sua existência em mim. Mas tudo termina, tudo acaba antes do próprio tempo acabar... Tudo se torna em nada, como simples pó, como areia que nos foge por entre os dedos, como lágrimas que de um jeito ou de outro sempre irão secar e as feridas se tornarão invisíveis para olhos vagos. Nós, eu e tu...somos isto...sombras de nada! E eu, tenho falado de nada e amado lixo!

 
 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

As melhores perguntas que me fizeram p.1

- "O que significam toda essa paixão pelas estrelas? Que enigma, que mistérios por detrás de palavras soltas...o que eles mostram?"

* Não existem mistérios nem enigmas. Existe somente uma vida que é minha e de mais ninguém, que me pertence e me construiu como as raízes que sustentam uma árvore. E é isso...o  que eu sou ou escrevo são pedaços que sobraram do passado e talvez as minhas palavras sirvam inconscientemente para eu os tentar encontrar, entender e colocar no lugar. Nem sempre é fácil, na verdade, a maioria das vezes falho! Mas pelo menos, ninguém nunca poderá dizer que eu não lutei, que não tentei...porque tentei, passei demasiado tempo a tentar.
E as estrelas...as estrelas são isso mesmo, Estrelas! E apenas por isso, já são perfeitas. Não temos todos algo que veneramos no mundo? O peluche de infância, aquele livro favorito, o lugar que nos salva...eu tenho muitas coisas, mas aquilo que realmente me leva para outra dimensão, são as estrelas! Sinceramente quando eu vejo estrelas, eu não preciso de mais nada nem ninguém. Porque em tempos, foram elas a levar-me de volta a casa quando ninguém se importava ou me procurava. E fora isso qual a perfeição mais linda do universo? Estrelas, sem qualquer dúvida! Nascem, crescem e morrem como se tivessem alma. E quando os humanos podem destruir florestas inteiras, fluentes de água, oceanos e até o próprio ar que respiram, nas estrelas eles são impotentes e a força não vale nada! Ninguém lhes pode roubar o brilho nem o calor...as estrelas são intocáveis, são os meus sonhos intocáveis, onde nunca ninguém chegou ou conheceu!



sábado, 6 de outubro de 2012

"Honey... You have the whole world on your fingertips."



sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Nós inventamos qualidades quando queremos alguém,
Dizemos o que querem ouvir para se apaixonarem por nós,
Reinventamos uma nova pessoa para que nos achem perfeitos...
Toda a gente mente!!!
E quem não o faz, magoa-se!
Quem ama de verdade e não esconde defeitos,
Quem confia cegamente,
Quem não vê por detrás de uma cortina de mentiras,
Quem se acha insuficiente para outra pessoa,
É quem realmente sabe o significado de Amor,
e portanto, é quem se destrói por ele


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

DreamHouse P/2


O piano tocava a melodia mais perfeita da minha infância!
Teus dedos finos, deslizavam sobre o teclado macio e o som ecoava pelo enorme corredor branco até abrir de mansinho a porta do meu quarto e me aconchegar. E eu corria porta fora, dançava no corredor com as notas musicais até descer pela escadaria dourada e te ver ali. Sentada sobre o banco de veludo preto, teus ombros retos, tuas costas firmes, teus longos cabelos negros que caiam sobre as ancas, tu, tão distante do mundo…num romance onde só as teclas tinham teu amor fiel.
Te observava do fundo da escada ou do parapeito da grande janela do salão. Quando tu tocavas sinfonias, apenas quando tu tocavas, a casa se enchia de um jeito mágico…Quando tu tocavas, eu era capaz de te ouvir horas a fio!
Quando tu tocavas, eu ouvia, ouvia de verdade… cada grito teu, cada revolta, cada dor, arrependimento e mágoa, estavam ali…naquele teclado maravilhoso!
Quando tu tocavas, eu ouvia, ouvia até ao fim, desde criança eu ouvia-te naquele parapeito ou naquela escada! E durante anos, nada mudou! Só as melodias mudaram e se transformaram em mais e mais drama, só nós mudámos mãe!
Tu tocavas mais triste, eu ouvia menos consciente!