terça-feira, 16 de julho de 2013

Chega aquele momento da sua vida que não apetece mais ouvir falar de histórias de amor...já tivemos a nossa. Em que na verdade, não apetece mais ouvir falar de nada, não importa mais a vida do vizinho da frente, nem se o familiar de alguém morreu ou se a irmã do seu amigo se casou. Não queremos mais saber se o carro precisa de conserto ou se vai chover amanhã. Chega esse momento na nossa vida onde nada mais importa! Acredito firmemente, que é o tempo mais triste da vida de alguém. Não por chorarmos a toda a hora porque na verdade, isso não acontece. Claro, tem horas que eu choro...choro muito! Choro sozinha, no meu quarto e geralmente no meio da noite para que ninguém veja. Choro porque penso que as pessoas foram e não voltam mais, porque o tempo passa e eu vou envelhecendo sem uma ponta de felicidade em minha vida, choro porque alguém um dia arruinou a minha vida para todo o sempre e porque as saudades quase me matam. Mas nunca ninguém chora o tempo todo!
E essa é a parte mais triste...é acordar e fingir que a vida continua. Aldrabar o pequeno-almoço para que ninguém suspeite, dizer "Bom Dia" no trabalho e forçar um sorriso para todas as pessoas que cruzarem o meu dia, olhar para o telemóvel e fingir que não se sente a falta de um "amo-te" sincero num sms querido. Essa é sem dúvida a pior parte, porque porra, a vida não continua! Apenas ficamos presos aquilo a que se chama respirar e nada mais. Todo o corpo funciona minimamente bem, mas a sua alma está morta.
Por tanto tempo eu achei ser possível essa coisa de desligar sentimentos e seguir em frente e bem, eu ainda acho. Conseguimos desligar a amizade por alguém que nos feriu, o carinho pelo ex namorado que nos traiu, agora desligar aquele amor verdadeiro que se cruzou apenas uma vez na sua vida? Impossível!
Algumas pessoas suicidam-se para não ter de conviver com esse vazio em seus corações pois estou certa que só quem o sente consegue realmente compreender a dimensão da dor.
Chega esse momento nas nossas vidas e não há nenhuma saída, então o que faço agora?

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