quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Quantas vezes eu me senti insuficiente para ti? Quantas vezes eu pensei que tu estarias melhor se eu desaparecesse? Quantas vezes meu coração morreu só por ter magoado o teu? Quantas vezes, eu me senti culpada por todos os teus erros?! Tu poderias contar? Certamente não...pois até eu já perdi a conta!
E tu não fazes ideia de quantas vezes eu fiquei me olhando no espelho colocando defeitos em meu rosto, em meu corpo...tentando perceber o porquê de não me amares. Não imaginas quantas e quantas vezes eu tentei escrever mentalmente todas as nossas discussões para perceber onde eu tinha errado.
Eu sempre encontrava falhas em mim que preenchessem as tuas próprias falhas e tão cega, não vi que os erros eram teus e não meus.
Naquele verão as coisas mudaram...porque eu culpei-me tanto, odiei-me tanto que ou morria realmente ou me fortalecia. Me fortaleci porque tu não merecias minha morte! Naquele verão, nós fomos até aos limites que nenhuma relação aguentaria...Nosso Adeus foi verdadeiro, pela primeira vez em tantos adeus sem sentido. Não sei se algum dia serei capaz de escrever sobre isso...sabes, escrever de verdade, com todos os sentimentos que senti e como me senti perdida. Talvez um dia...
Agora, eu tentei estar ao teu lado e apesar de toda a minha frieza e distancia, eu estava me aproximando agora...Porque estragaste tudo?
Teu tom de voz agressivo não me assusta mais, mas me afasta. Tua falta de educação, me faz virar-te as costas. Tua incapacidade de ver que erraste e atirares-me os erros, me dá vontade de sair pela porta e jurar-te que nunca mais me verias!
Não é mais o passado....eu não mais me movo por lagos de lágrimas infindáveis nem me perco em traços de sangue marcados em meu corpo por um amor que eu sei que será eterno, mas não sei se a sua história será. Quando eu errar, tu irás ouvir um pedido de desculpa da minha boca...terei toda a humildade para te fazer ficar e compensar pelos meus erros. Mas nunca mais, em nenhum tempo da tua vida, tu conseguirás fazer-me sentir culpada por obras tuas mal executadas...Teu tempo de me oprimires, acabou...
Talvez tu nunca mudes...talvez tu continues a ser tão cega assim mas então o futuro não terá mais lugar para nós. E lamento por isso


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Discretamente, enviei sinais de socorro aos amigos. Ninguém ajudou. Me virei sozinha. Isso me endureceu um pouco mais. Não foi só você, não. Foram também pessoas até mais íntimas, me virei sozinha com enormes dificuldades. Não me lamuriei. Mas preciso que as pessoas saibam que isso doeu — exatamente porque algumas destas pessoas importam para mim.





sábado, 25 de janeiro de 2014

 O tempo não pára e envelhecemos ao som dos ponteiros do relógio.
Tantos projectos que perdi ao longo dos anos, tantas certezas que, duramente, aprendi a não ter...
Tão injusto para alguém com a minha idade, eu devia ser igual a todo o mundo. Acreditando em contos de fadas e me apaixonar por olhos bonitos que se cruzassem comigo na noite. Deveria ser assim porque eu tenho 21 anos.!
Chegar na minha vida, mexer e remexer como se eu fosse uma gaveta atulhada de roupa desnecessária...mudar leis e ideais que eu tinha como certos na vida. Sei lá..Construir um EU diferente! Sem autorização nem pedido de licença!
Nem 1milhão de perdões podem anular o que fizeste comigo!
E tem momentos...sabes, nesses nossos pequenos momentos de desacordo, que eu vejo como nada será perfeito depois de quebrado. Nós tentamos nos ajeitar, construir paredes para manter as tempestades do outro lado mas ainda existem as ranhuras de uma história que virou cinzas.
Depois de tudo que eu chorei, não sobrou uma única lágrima em mim. Depois de todo o sangue que meu coração largou por ti...não resta nenhum bater. É assim que eu me sinto! Como um pássaro preso na gaiola que um dia chamou de lar.
Quando eu me olho no espelho e lembro da louca do verão passado...não me reconheço nessa pessoa. É como se eu estivesse assistindo um filme de um guião terrível e sinceramente, odeio a personagem!
Como eu me tornei naquilo? ! Mas muito obrigada por tudo o que destruíste. Desligaste a minha humanidade para que nunca mais regresse.
Então por favor se for para errar, vai embora. Se for para queimar...deixa arder tudo agora! Antes que eu faça te atirares da ponte com minhas palavras duras porque acredita...
Uma rapariga de coração quebrado é perigosa,
Mas uma mulher sem coração é diabólica!



sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Aposto que se eu pudesse atravessar para esse  lado, hoje te encontraria sorrindo. Sorrindo com aquele sorriso de vitória! Não dirias"eu avise-te" nem "eu ganhei" nem nenhuma dessas frases feitas que tanto eu quanto tu odiamos. Mas sorririas... E sabes? Isso faria-me bem...
Porque lutar contra ti sempre foi fácil para mim. Ver-te perder, derrotar esses tais sorrisos, quebrar silêncios e instalar novas regras de jogo, era fácil mãe.
Agora eu não estou lutando contra ninguém...estou lutando por mim...e como se luta por algo que está perdido à muito tempo?!
É...não sei exactamente em que direcção vou, que caminhos tomar mas o futuro assusta-me. Tenho medo de perceber que falhei, que estava errada em minha escolhas e que nunca deveria ter fugido do meu passado.
Às vezes parece que tu sempre irás estar no meu caminho, para quebrar as coisas que eu construo...para me lembrar que os meus troféus são feitos de cinza e que eu sou uma ninguém sem a minha arma favorita.
E...bem, talvez tenhas razão...talvez eu não sirva para ter minha vida organizada. Talvez eu não consiga pertencer à multidão que observo todos os dias. Talvez eu devesse ter morrido à muito tempo atrás...
Talvez todos os que me acompanharam tivessem seu destino cruel marcado, pois mesmo quando tentam arduamente vencer, de alguma forma a vida fá-los perder.
Queria poder acreditar no teu Deus...Para lhe dizer o quanto ele é desprezível aos meus olhos, para que ele soubesse que trava a vida de pessoas maravilhosas com corações gigantes e que essas histórias de que Deus escolhe os melhores para a função de anjinhos é treta. Mas sabes? Eu não acredito...e ainda bem, porque senão iria odiá-lo mais do que odeio a ti e tu serias um grave erro de Deus.
A verdade é que eu estou indignada pela forma que as coisas acontecem...tentarem levar-me alguém que lutou tanto para ficar? Que foi o mais corajoso? O mais determinado?!
Mas depois eu paro e penso...grandes almas pertencem às estrelas...e talvez elas precisem dele! Mas estarei pedindo-lhes todas as noites, à meia noite, para que o deixem brilhar  mais um pouco no mundo tão sombrio onde habitamos.
E tu mãe...podes sorrir, porque mesmo que eu falhe, à muito que eu venci...Eu sou melhor e meu coração tem amor e essa foi a minha vitória!


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Seguro a respiração e contemplo os desastres que construímos.
É como se o céu estivesse em chamas por muito tempo....É como se uma parte de mim,
gostasse de o ver desaparecer.
Mundos paralelos colidem e as nossas vozes tentam sobrepor-se enquanto a tua perde a força.
Vá onde eu for, demónios de ti correm na minha sombra.
Monstros que não nos largam....
É tão hilariante quando os vejo com aquele olhar de admiração e até um pouco de inveja
sobre coisas que temos e quem somos.
Quase riu na cara deles...porque eles não conseguem ver além do material que ofusca
a visão de mentes pouco inteligentes..
Eles não conseguem ver como somos podridão e nada mais. Como tu estas tão vazia de tudo...
É incrivel olhá-los e saber que eles não imaginam como a mulher que eles tanto elogiam, todas as noites enlouquece na contagem de calorias que ingere.
Como eles não imaginam que esses lanches onde ela ri e se diverte, são a razão de ela se odiar por mais uma semana. Como eles não sabem que a educação exemplar que eu tive, foi a mesma que me queimou a alma...
Que nesta casa não há calor nenhum, brilho nenhum, sentimento nenhum...
Eles não sabem...e como poderiam saber perante um teatro tão bem encenado?!
E nós sabemos lá como eles vivem entre quatro paredes, como eles se devem odiar também...
Sabemos lá quais os demónios do mundo encantado deles.
Farsas...peões de dinheiro e boa imagem!
E eu riu deles mãe...
Eu riu...porque não tenho mais como chorar!

                                                               *2007