domingo, 21 de agosto de 2011

Vida


Rasgando o tempo como folhas de cartão
Arrastaste-me para demónios e abismos,
Criaste obstáculos e medos reais.
Corri por linhas férreas de pés descalços
Em cima de chamas de fogo ateadas por ti…
Cortei as mãos em pedaços de vidro que largaste no chão
E em pedaços de vidro desenhei com o meu sangue o meu reflexo…
E foi esse reflexo no espelho que me fizeste odiar, oferecendo-me numa bandeja de culpa o meu próprio desprezo.
Adoecendo a mente, adoecendo o coração com todas as mentiras que lhe contaste…
Vida, tiraste-me a alma e levaste-me a força.
Roubaste-me os movimentos e a dança…levaste-me a coragem e a voz…
Fizeste-me sentir como se não te merecesse, desistindo de ti, de viver.
Mas a batalha final aconteceu quando me atiraste para as nuvens e depois deixaste-me à chuva no meio dos trovões.
Afinal o que querias tu de mim??? porque não havia mais lágrimas para chorar nem mais pele que não doesse.
Afinal o que esperavas tu de mim??? Uma desistência?
Eu não sou, nunca fui uma desistente.
E esqueceste-te que a dor de um sentimento sempre me trás a força do ódio…e essa força devolve-me tudo o que me tentas roubar.
E esqueceste-te que eu sempre gostei de brincar com os trovões…não há nada que eu tema a não ser a mim mesma.
Mas do que realmente te esqueceste é que existe algo que nem mesmo tu podes tocar…As minhas estrelas!
Não são do mundo, não são tuas, não são de ninguém. Mas pertencem aos meus olhos e dão calor à minhas respiração.
Então vira o universo do avesso mas no fim…eu sempre serei uma vencedora

4 comentários:

mitra_g_dance disse...

"nao há nada que eu tema a não ser a mim mesma" fabuloso
..."eu sempre serei uma vencedora" Minha pequena guerreira amo-te

ema santos disse...

e não amor...agora já nao
Adoro quando me chamam isso...amo-te

Eduarda Monterroso disse...

Você tem uma força meu deus

ema santos disse...

As vezes sinto que não a tenho mas depois provo a mim mesma que sempre terei