sábado, 1 de setembro de 2012

Deito-me tarde da noite, afogada em mil e uma loucuras, delirando sobre realidades que me roubaram. Deito-me sozinha e assim pretendo, porque o meu quarto é só meu e é certamente o lugar do mundo onde mais me sinto protegida. A minha almofada é a minha melhor amiga e os meus cobertores aquecem o gelo que corre em minhas veias. A tinta das paredes me levam para a floresta onde eu gostaria de habitar e os retratos desfocados evocam uma história que ficou por contar...as folhas no fundo da secretária cantam em silêncio enquanto eu adormeço e a música em meus ouvidos tenta arduamente dar vitalidade a um cérebro morto. Velas acesas imploram por uma brisa de vento e as estrelas do lado de fora da janela me dão um beijo de boa noite!
É simples assim...é sereno assim mesmo. Nos lugares onde nunca ninguém chega, que ninguém conhece! Onde ninguém entende que eu amo estar sozinha, que eu sou a minha melhor companhia. Que ninguém compreende que eu não procuro que se preocupem, que cuidem de mim, que me procurem, que  me abracem...Falar não me faz bem, pedir concelhos não me ajuda, porque a opinião de cada um para mim não significa nada! Eu sei quem sou e o que quero! A vida é minha e sei exactamente onde dói, onde não dói, onde sou forte e onde fraquejo...Não sou arrogante, sou verdadeira! Gosto das pessoas mas não preciso delas...e não as quero nos meus dias! E se eu  não tenho aquelas que realmente necessito e são a razão pela qual respiro, então que tudo o resto desapareça porque ninguém será capaz de me mudar!    

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